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  • Foto do escritorAmanda Amorim

Qual a melhor dieta?

Atualizado: 21 de ago. de 2022

Você vai entender por que a dieta mediterrânea é considerada uma das melhores dietas do mundo.

Aposto que você já deve ter se perguntado qual a melhor dieta a seguir, e isto tem sido estudado há muitos anos por pesquisadores.


Um estudo publicado no começo do ano de 2022 pela revista Nutrients, estudou um grupo de 5 dietas que foram consideradas mais saudáveis e o quanto isso impacta na saúde da população.


Neste sentido, a pesquisa foi realizada com o foco de desvendar qual a melhor dieta para um envelhecimento saudável. A cada dia que passa, envelhecemos um pouco mais, e sabemos que a alimentação influencia diretamente. Sabe se que idosos, tem mais chances de desenvolverem uma doença crônica não transmissível (DCNT), pois estão expostos à fatores de risco por mais tempo.


Porém, a cada ano que passa aumentam os níveis de DCNT, como: doenças cardiovasculares (DCV), doenças neurodegenerativas, câncer e diabetes, que correspondem cerca de 70% da mortalidade global anualmente, incluindo mortes precoces (ocorrendo em pessoas de 30 a 70 anos).


Desta forma, devemos sim falar sobre alimentação, pois é um determinante chave para o aparecimento destas doenças. Um estilo de vida cada vez mais sedentário, composto por alto consumo de alimentos industrializados, tabagismo, alcoolismo, aumentam consideravelmente o risco do desenvolvimento das DCNT.


O que é a dieta mediterrânea?


A dieta mediterrânea é seguida pelas pessoas que vivem na chamada "Zona Azul" do mapa. Ela é considerada uma das dietas mais saudáveis por diversos motivos, como:


  • Têm sido associada com um uma maior adequação de nutrientes;

  • As pessoas que seguem este estilo alimentar têm baixo risco de apresentar deficiência de fibras, magnésio, cálcio e potássio. Nutrientes cruciais que têm sido reconhecidos como preocupações de saúde pública no mundo;

  • Baseada em alimentos advindos de plantas, mas também admite alimentos derivados de animais em pequenas quantidades consumidas ocasionalmente;

  • Considerada também uma dieta que respeita o meio ambiente, pois prioriza os alimentos regionais e sazonais.


Quais alimentos compõem?



A base da alimentação mediterrânea são frutas, vegetais, grãos integrais (pão, arroz, macarrão), leguminosas, nozes, legumes, frutas secas, azeite de oliva extra virgem prensado a frio, ervas e especiarias.


O consumo de peixes é em quantidade moderada (2 a 3x por semana). Já em relação à carnes vermelhas e processadas o consumo é de 1 a 2x por mês. O consumo de laticínios é diário. São consumidos: leite, iogurte e porções de queijo eventualmente. De 2 a 4x por semana são consumidos ovos, como fonte proteína de alto valor biológico. Doces, bolos e sobremesas lácteas em pequenas quantidades são consumidas 1x na semana. A bebida principal é a água, porém eventualmente tomam vinho.


A chave do segredo


Olhando assim, já estamos familiarizados com estes alimentos, porém o que faz a dieta mediterrânea ser ainda melhor, é o estilo de vida que levam, como:


  • Ter um sono durante a noite com duração suficiente e sono diurno em curtos períodos, quando necessário;

  • A cultura, saberes, habilidades, práticas e tradições transmitida de geração em geração, conexão com o ambiente local e o consumo das refeições em família.


Sabemos que grande parte da população mundial não vive desta forma, muito menos seguem o mesmo padrão alimentar. A alimentação rica em industrializados tem sido cada vez mais preocupante pois afeta principalmente crianças e adolescentes, pois está cada vez mais fácil o acesso à estes alimentos.


Os estudos mostram que uma maior adesão à dieta mediterrânea reduz o risco de mortalidade, bem como, DCNT.


Sendo assim considerada um modelo de alimentação e estilo de vida saudável, confirmado como um dos padrões nutricionais mais sustentáveis tanto para a nossa saúde quanto para o meio ambiente.


Curiosidade: Por todos estes motivos a UNESCO em 2010 reconheceu a Dieta Mediterrânea como patrimônio cultural imaterial da humanidade.


Referência: DOI: 10.3390/nu14040889

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